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domingo, 2 de agosto de 2015


"Jogue tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração, fique pronto para a vida, para um novo amor. Lembre-se somos apaixonáveis, somos capazes de amar muitas e muitas vezes. Afinal de contas, nós somos o amor." Carlos Drummond de Andrade

Não vou chorar o tempo todo,

também não vou rir o tempo todo 

não prefiro um "gênero" ao outro. 
Quero ter a imediatez de um filme ruim, 
não só os de repente bons, mas também a nova 
super-produção recém-lançada. Quero estar 
tão vivo quanto o que é vulgar, pelo menos. E se 
algum aficcionado da minha tralha vier a dizer:"Isso 
mal parece que é do Frank!", ótimo! Eu 
não uso terno cinza ou marrom o tempo todo, 
uso? Eu não. Vou à ópera de camisa, 
muitas vezes. Quero os pés descalços, 
o rosto barbeado, e o coração — 
não dá pra planejar o coração, mas 
a melhor parte dele, a minha poesia, é aberta. 

Frank O'Hara
Pra falar a verdade, eu estava aqui tentando recordar a época em que criei esse blog e qual era a utilidade dele, talvez ele tenha sido mais uma ocupação do tempo de adolescente. Sei lá.
É domingo e eu adoro domingos e suas tardes de sol. Poderia estar com amigos em algum lugar de Belém, mas hoje não deu certo e aqui estou, só. Algo me fez lembrar do tempo que esse estado me satisfazia por completo. Nossa, eu só consigo lembrar de como eu adorava ficar em casa ouvindo músicas e refletindo sobre o que eu poderia escrever. Isso era a três anos atrás. Agora, eu só consigo pensar em como eu mudei, como as pessoas ao meu redor mudaram e em como as coisas que eu adorava fazer foram perdendo o sentido. Não tenho certeza se eu era mais feliz antes ou agora. Se bem que, nessas empreitadas da vida, aprendi que não existe essa de ser mais ou menos feliz. Não sei, isso ainda é vago pra mim, como tantas outras coisas. 
A minha vontade agora é escrever mais. Agora com uma pequena grande diferença de três anos atrás: escrever mais pra mim e não para os outros. -Valorizar mais o que sinto- foi o que aprendi em todo esse tempo. Quanta mudança. Boa.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Música das 23:25h

Enviaram-me uma parte da letra dessa música hoje enquanto voltava da Universidade. Chico, que letra forte é essa? Uma descrição que ativa a imaginação de um jeito bem tentador. Não a conhecia, conheci e logo gostei. 


O meu amor - Chico Buarque
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz.

Querer (?)

Ela se sente totalmente só, cercada por sorrisos e forçando sorrisos para se adequar às normas, e ela se fecha no seu interior, simplesmente por ninguém entender os seus motivos. Ela tem uma alma de lutadora, um espirito invejável, porém um corpo que não suporta tamanha força. Ela se pergunta todos os dias qual seria o motivo da sua existência, será quer existiria alguém para compartilhar a resposta a essa pergunta? Ela pensa bem e analisa que não é falta de ouvintes e sim, falta de interesse. Ela abriu mão de uma paixão longa, se jogou na incerteza procurando motivos para seguir em frente. Ela abriu mão do amor que poderia receber, simplesmente para não enganar. Ela quer uma pessoa da alma, uma pessoa de espirito forte, uma pessoa que apenas busque paz interior. E ela sabe reconhecer.